- The Beatles, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (EMI, 1967);
- The Mothers of Invention, We're only in it for the money (Zappa, 1968).
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
A propósito da vinda a Portugal de Steve Reich, deixo aqui um texto que escrevi aquando do concerto que deu no Porto em Novembro de 2006.
O meu nome é Daniel Pearl
Desde há muito que combinação religião/política/mártires/música acompanha o Homem e a ele se liga intimamente ao ponto de se tornar parte da sua história. Os primeiros cristãos acreditavam no poder mágico do canto, e embora muitos autores neguem que os cristãos primitivos cantassem, a descoberta no Monte Athos, de antigos manuscritos gregos, revelando uma fórmula musical de bênção com água e azeite para curar febre e afugentar os maus espíritos, veio revelar uma possível origem da música sacra cristã.
Mais tarde, já no século IV, surgiram, segundo se julga, as primeiras músicas ocidentais, que nesta altura ainda não passavam de orações cantadas, fortemente influenciadas pela música hebraica. No oriente, não perseguidos, os cristãos cantavam livremente. Plínio escreveu a Trajano contando que, em Bitinia, os cristãos reuniam-se para «entoar cânticos».
Com a difusão do cristianismo na Grécia e a adopção do grego como primeiro idioma eclesiástico, a música cristã recebeu uma enorme influência grega, e a tradição de cantar os seus mártires tornou-se mais forte. E não faltavam mártires numa religião tão perseguida como a cristã. Um dos mais importantes para a música foi Santa Cecília, ela própria uma organista e cantora que pedia protecção a todos os que a ouviam. Acabou por padecer no ano 230 d.C., tendo sido canonizada e tornada padroeira de todos os músicos, factos que vieram a inspirar compositores como Purcell e Handel na escrita dos seus oratórios.
Desde essa altura, a ligação entre música e mártires conheceu muitos outros exemplos. Agora como antes, religião e política combinam-se de forma a serem compreendidas como um todo indivisível, pelo menos no que aos destinos da humanidade diz respeito, daí que a música adopte cada vez mais o papel de manifesto em detrimento da espiritualidade a que estava votada em séculos mais distantes. E, nesse sentido, 2006 é um ano especial. O compositor Arvo Pärt anunciou que irá dedicar todas as suas apresentações da temporada de concertos de 2006/7 à memória da jornalista russa Anna Politkovskaya, recentemente assassinada em Moscovo. Pärt pediu aos músicos para que, antes do início dos concertos, dessem a saber ao público que estes são dedicados à memória da jornalista. Afirmou o compositor: «Anna Politkovskaya deu todo o seu talento e energia para que as pessoas pudessem saber e ter consciência dos aterradores crimes cometidos na Rússia.» E também o fez, ainda que noutra parte do mundo, Daniel Pearl, jornalista do Wall Street Journal que, em 2002, aquando do seu sequestro no Paquistão, gerou uma intensa mobilização internacional que apenas cessou quando a notícia de que havia morrido às mãos de um grupo terrorista chegou ao mundo ocidental. Surgiu depois a arte enquanto forma de protesto e espelho dos tempos que rodeiam a sua criação. Daniel variations nasceu, por fim, este ano, fruto de uma encomenda conjunta do Barbican Centre, em Londres; do Carnegie Hall, em Nova Iorque; da Cité de la musique, em Paris; e da Casa da Música, no Porto, sendo ainda comparticipada por um benemérito anónimo, em memória de Daniel Pearl, e pelo Meet the composer em associação com a Fundação Daniel Pearl, que se dedica à música e ao conhecimento entre diferentes culturas.
Espero que Gabriel goste da minha música
Um mês após a sua estreia no Barbican Centre, em Londres, Portugal pôde finalmente assistir à execução de Daniel variations na Casa da Música. Claro que, ao dizer-mos Portugal, estamos a usar uma hipérbole tão evidente quanto abundante era o número de lugares vazios que, no passado dia 12, se achavam na sala Suggia.
A peça encontra-se dividida em quatro andamentos. O primeiro andamento cita Nabucodonosor, rei da Babilónia, a partir do livro de Daniel: «I saw a dream. Images upon my bed and visions in my head frightened me.» Daniel vem, no terceiro andamento, responder à pergunta de Nabucodonosor sobre a razão do seu pesadelo, dizendo-lhe: «Let the dream fall back on the dreaded.» A entremear surge o texto proferido por Pearl enquanto era filmado pelos seus captores: «My name is Daniel Pearl. I’m a jewish american from Encino, California.» Reich apenas utiliza a primeira parte da frase, uma vez que, segundo a tradição judaica, os nomes são indicativos do carácter do portador, assumindo assim esta frase um poder que, passados três anos sobre a sua morte, assume um carácter quase sobrenatural, uma espécie de passagem secreta na qual o tempo se deforma e traz para o presente a memória viva e vivida do jornalista.
O último texto surge, então, como uma surpresa e é-nos explicado por um amigo de Pearl da seguinte forma: «Uma vez, durante uma viagem de dois dias de bicicleta a Potomac River, o seu amigo Tom Jennings perguntou-lhe se ele acreditava na vida depois da morte. Pearl respondeu-lhe ‘Não sei’. E depois acrescentou: ‘Não tenho respostas, apenas perguntas’ e ‘Mas espero sinceramente que Gabriel goste da minha música.’» Depois da sua morte, enquanto Tom revia a colecção de discos de vinil do seu amigo, descobriu o disco Stuff Smith and the Onyx Club Orchestra, o qual inclui a faixa “I hope Gabriel likes my music”. Embora não faça qualquer citação da faixa em questão, Reich aproveitou-lhe o nome, ao qual acrescentou o dizer «when the day is done», enquanto expressão do fim (obra e vida).
A utilização de fonemas de uma língua enquanto sujeito principal de uma obra, remeter-nos-ia imediatamente para Tehillim, ou até mesmo para os primeiros trabalhos do compositor para fita magnética. No entanto, Daniel variations insere-se claramente numa outra marca: o uso dos instrumentos e vozes faz-se de uma forma mais complexa, não só ao nível dos resultados finais, como também ao nível da construção musical. Devido à grande apetência de Daniel Pearl por jazz e blue grass, e por ter sido, além de jornalista, violinista amador, Reich optou por colocar as cordas no centro da peça. São elas que lideram o discurso, sendo por vezes dobradas por dois clarinetes, enquanto a percussão conserva o rumo rítmico da peça e as vozes do Synergy Vocals (não fosse pela média de idades e diríamos que são uns quase veteranos na execução da obra de Reich) mantêm a acção em suspenso.
Música por números
Não deixa de ser curioso percebermos como, em trinta anos, tanta coisa mudou para Reich. Enquanto em Portugal se preparava uma revolução política, nos Estados Unidos o minimalismo repetitivo saía da gaveta. Michael Tilson Thomas apresentava, no Carnegie Hall, a peça de Steve Reich Four organs. A agitação era em tudo comparável à observada na estreia, em Paris, de A sagração da primavera, de Igor Stravinsky, com a adição humorística de uma senhora se ter juntado ao acto criativo, ao percutir o palco com o seu sapato de forma a acentuar a componente rítmica da peça. Porém, e porque os edifícios são meros espectadores da vontade dos homens, passados estes trinta anos, o mesmo Carnegie Hall que havia observado reacções tão afrontosas ao compositor, recebia-o agora de braços abertos para uma série de espectáculos envolvendo uma série de danças assinadas pelo compositor e coreografadas por Anne Teresa de Keersmaeker e Akram Khan, e execuções das peças It’s gonna rain, Proverb, You are (Variations), Tehillim, The cave e Daniel variations.
A mudança começou a verificar-se em 1976 com a apresentação pública de Music for 18 musicians. Esta foi, com efeito, a peça que, meritoriamente, marcou o separar das águas no que à aceitação da música de Steve Reich diz respeito. E no passado dia 12 foi ainda mais fácil perceber porquê. O primeiro movimento, “Pulse I”, logo faz desabar sobre os nossos ouvidos um espantoso movimento harmónico composto por dois tipos de camadas que se entrecruzam: uma pulsação regular nos pianos e restantes percussões que se mantêm ao longo da peça – ainda que os músicos se revezem, o que é bastante agradável de se ver ao vivo; e o ritmo da respiração humana transposto para as vozes e instrumentos de sopro que quase nos cria a necessidade de inspirarmos e expirarmos ao ritmo a que a peça está a ser executada.
Apesar de à sua pulsação estável e energia rítmica se relacionarem muitas das obras anteriores, a sua instrumentação (violino, violoncelo, clarinetes dobrando o clarinete baixo, 4 vozes femininas, 4 pianos, 3 marimbas, 2 xilofones e metalofone), estrutura e harmonia são novas. Segundo Reich «há mais movimento harmónico nos primeiros cinco minutos de Music for 18 musicians do que em qualquer outra obra minha na sua totalidade». Apesar do movimento entre acordes ser apenas um ajuste da ordem das vozes, uma inversão ou uma mudança entre relativo maior ou menor em relação ao acorde anterior, estes movimentos harmónicos têm um papel da maior importância nesta obra.
As secções de abertura e encerramento da peça, bem como algumas partes em todas as secções, contêm a pulsação das vozes e dos sopros. Eles fazem uma longa e profunda respiração e sustentam algumas notas durante o maior tempo possível, dentro, como é claro, dos limites do razoável.
As mudanças entre secções, bem como dentro de cada secção, são alinhadas pelo metalofone, cujos padrões são tocados apenas uma vez para anunciar o compasso seguinte, num processo semelhante ao utilizado no gamelão de Bali, ou em alguma da música da África ocidental (Reich estudou percussão no Gana durante um ano, aplicando depois as técnicas que aprendeu na sua primeira grande peça, Drumming, cuja célula inicial, que se repete ao longo de toda a obra, é aqui revisitada).
O meu nome é Daniel Pearl
Desde há muito que combinação religião/política/mártires/música acompanha o Homem e a ele se liga intimamente ao ponto de se tornar parte da sua história. Os primeiros cristãos acreditavam no poder mágico do canto, e embora muitos autores neguem que os cristãos primitivos cantassem, a descoberta no Monte Athos, de antigos manuscritos gregos, revelando uma fórmula musical de bênção com água e azeite para curar febre e afugentar os maus espíritos, veio revelar uma possível origem da música sacra cristã.
Mais tarde, já no século IV, surgiram, segundo se julga, as primeiras músicas ocidentais, que nesta altura ainda não passavam de orações cantadas, fortemente influenciadas pela música hebraica. No oriente, não perseguidos, os cristãos cantavam livremente. Plínio escreveu a Trajano contando que, em Bitinia, os cristãos reuniam-se para «entoar cânticos».
Com a difusão do cristianismo na Grécia e a adopção do grego como primeiro idioma eclesiástico, a música cristã recebeu uma enorme influência grega, e a tradição de cantar os seus mártires tornou-se mais forte. E não faltavam mártires numa religião tão perseguida como a cristã. Um dos mais importantes para a música foi Santa Cecília, ela própria uma organista e cantora que pedia protecção a todos os que a ouviam. Acabou por padecer no ano 230 d.C., tendo sido canonizada e tornada padroeira de todos os músicos, factos que vieram a inspirar compositores como Purcell e Handel na escrita dos seus oratórios.
Desde essa altura, a ligação entre música e mártires conheceu muitos outros exemplos. Agora como antes, religião e política combinam-se de forma a serem compreendidas como um todo indivisível, pelo menos no que aos destinos da humanidade diz respeito, daí que a música adopte cada vez mais o papel de manifesto em detrimento da espiritualidade a que estava votada em séculos mais distantes. E, nesse sentido, 2006 é um ano especial. O compositor Arvo Pärt anunciou que irá dedicar todas as suas apresentações da temporada de concertos de 2006/7 à memória da jornalista russa Anna Politkovskaya, recentemente assassinada em Moscovo. Pärt pediu aos músicos para que, antes do início dos concertos, dessem a saber ao público que estes são dedicados à memória da jornalista. Afirmou o compositor: «Anna Politkovskaya deu todo o seu talento e energia para que as pessoas pudessem saber e ter consciência dos aterradores crimes cometidos na Rússia.» E também o fez, ainda que noutra parte do mundo, Daniel Pearl, jornalista do Wall Street Journal que, em 2002, aquando do seu sequestro no Paquistão, gerou uma intensa mobilização internacional que apenas cessou quando a notícia de que havia morrido às mãos de um grupo terrorista chegou ao mundo ocidental. Surgiu depois a arte enquanto forma de protesto e espelho dos tempos que rodeiam a sua criação. Daniel variations nasceu, por fim, este ano, fruto de uma encomenda conjunta do Barbican Centre, em Londres; do Carnegie Hall, em Nova Iorque; da Cité de la musique, em Paris; e da Casa da Música, no Porto, sendo ainda comparticipada por um benemérito anónimo, em memória de Daniel Pearl, e pelo Meet the composer em associação com a Fundação Daniel Pearl, que se dedica à música e ao conhecimento entre diferentes culturas.
Espero que Gabriel goste da minha música
Um mês após a sua estreia no Barbican Centre, em Londres, Portugal pôde finalmente assistir à execução de Daniel variations na Casa da Música. Claro que, ao dizer-mos Portugal, estamos a usar uma hipérbole tão evidente quanto abundante era o número de lugares vazios que, no passado dia 12, se achavam na sala Suggia.
A peça encontra-se dividida em quatro andamentos. O primeiro andamento cita Nabucodonosor, rei da Babilónia, a partir do livro de Daniel: «I saw a dream. Images upon my bed and visions in my head frightened me.» Daniel vem, no terceiro andamento, responder à pergunta de Nabucodonosor sobre a razão do seu pesadelo, dizendo-lhe: «Let the dream fall back on the dreaded.» A entremear surge o texto proferido por Pearl enquanto era filmado pelos seus captores: «My name is Daniel Pearl. I’m a jewish american from Encino, California.» Reich apenas utiliza a primeira parte da frase, uma vez que, segundo a tradição judaica, os nomes são indicativos do carácter do portador, assumindo assim esta frase um poder que, passados três anos sobre a sua morte, assume um carácter quase sobrenatural, uma espécie de passagem secreta na qual o tempo se deforma e traz para o presente a memória viva e vivida do jornalista.
O último texto surge, então, como uma surpresa e é-nos explicado por um amigo de Pearl da seguinte forma: «Uma vez, durante uma viagem de dois dias de bicicleta a Potomac River, o seu amigo Tom Jennings perguntou-lhe se ele acreditava na vida depois da morte. Pearl respondeu-lhe ‘Não sei’. E depois acrescentou: ‘Não tenho respostas, apenas perguntas’ e ‘Mas espero sinceramente que Gabriel goste da minha música.’» Depois da sua morte, enquanto Tom revia a colecção de discos de vinil do seu amigo, descobriu o disco Stuff Smith and the Onyx Club Orchestra, o qual inclui a faixa “I hope Gabriel likes my music”. Embora não faça qualquer citação da faixa em questão, Reich aproveitou-lhe o nome, ao qual acrescentou o dizer «when the day is done», enquanto expressão do fim (obra e vida).
A utilização de fonemas de uma língua enquanto sujeito principal de uma obra, remeter-nos-ia imediatamente para Tehillim, ou até mesmo para os primeiros trabalhos do compositor para fita magnética. No entanto, Daniel variations insere-se claramente numa outra marca: o uso dos instrumentos e vozes faz-se de uma forma mais complexa, não só ao nível dos resultados finais, como também ao nível da construção musical. Devido à grande apetência de Daniel Pearl por jazz e blue grass, e por ter sido, além de jornalista, violinista amador, Reich optou por colocar as cordas no centro da peça. São elas que lideram o discurso, sendo por vezes dobradas por dois clarinetes, enquanto a percussão conserva o rumo rítmico da peça e as vozes do Synergy Vocals (não fosse pela média de idades e diríamos que são uns quase veteranos na execução da obra de Reich) mantêm a acção em suspenso.
Música por números
Não deixa de ser curioso percebermos como, em trinta anos, tanta coisa mudou para Reich. Enquanto em Portugal se preparava uma revolução política, nos Estados Unidos o minimalismo repetitivo saía da gaveta. Michael Tilson Thomas apresentava, no Carnegie Hall, a peça de Steve Reich Four organs. A agitação era em tudo comparável à observada na estreia, em Paris, de A sagração da primavera, de Igor Stravinsky, com a adição humorística de uma senhora se ter juntado ao acto criativo, ao percutir o palco com o seu sapato de forma a acentuar a componente rítmica da peça. Porém, e porque os edifícios são meros espectadores da vontade dos homens, passados estes trinta anos, o mesmo Carnegie Hall que havia observado reacções tão afrontosas ao compositor, recebia-o agora de braços abertos para uma série de espectáculos envolvendo uma série de danças assinadas pelo compositor e coreografadas por Anne Teresa de Keersmaeker e Akram Khan, e execuções das peças It’s gonna rain, Proverb, You are (Variations), Tehillim, The cave e Daniel variations.
A mudança começou a verificar-se em 1976 com a apresentação pública de Music for 18 musicians. Esta foi, com efeito, a peça que, meritoriamente, marcou o separar das águas no que à aceitação da música de Steve Reich diz respeito. E no passado dia 12 foi ainda mais fácil perceber porquê. O primeiro movimento, “Pulse I”, logo faz desabar sobre os nossos ouvidos um espantoso movimento harmónico composto por dois tipos de camadas que se entrecruzam: uma pulsação regular nos pianos e restantes percussões que se mantêm ao longo da peça – ainda que os músicos se revezem, o que é bastante agradável de se ver ao vivo; e o ritmo da respiração humana transposto para as vozes e instrumentos de sopro que quase nos cria a necessidade de inspirarmos e expirarmos ao ritmo a que a peça está a ser executada.
Apesar de à sua pulsação estável e energia rítmica se relacionarem muitas das obras anteriores, a sua instrumentação (violino, violoncelo, clarinetes dobrando o clarinete baixo, 4 vozes femininas, 4 pianos, 3 marimbas, 2 xilofones e metalofone), estrutura e harmonia são novas. Segundo Reich «há mais movimento harmónico nos primeiros cinco minutos de Music for 18 musicians do que em qualquer outra obra minha na sua totalidade». Apesar do movimento entre acordes ser apenas um ajuste da ordem das vozes, uma inversão ou uma mudança entre relativo maior ou menor em relação ao acorde anterior, estes movimentos harmónicos têm um papel da maior importância nesta obra.
As secções de abertura e encerramento da peça, bem como algumas partes em todas as secções, contêm a pulsação das vozes e dos sopros. Eles fazem uma longa e profunda respiração e sustentam algumas notas durante o maior tempo possível, dentro, como é claro, dos limites do razoável.
As mudanças entre secções, bem como dentro de cada secção, são alinhadas pelo metalofone, cujos padrões são tocados apenas uma vez para anunciar o compasso seguinte, num processo semelhante ao utilizado no gamelão de Bali, ou em alguma da música da África ocidental (Reich estudou percussão no Gana durante um ano, aplicando depois as técnicas que aprendeu na sua primeira grande peça, Drumming, cuja célula inicial, que se repete ao longo de toda a obra, é aqui revisitada).
- Akron/Family, Set 'em wilde, set 'em free (Dead Oceans);
- Animal Collective, Merriweather post pavilion (Domino);
- Bill Callahan, Sometimes I wish we were an eagle (Drag City);
- Carminho, Fado (EMI);
- DM Stith, Heavy ghost (Asthmatic Kitty);
- Dan Deacon, Bromst (Carpark);
- Dinosaur Jr, Farm (Jagjaguwar);
- Dirty Projectors, Bitte orca (Domino);
- Discovery, LP (XL);
- Dodos (The), Time to die (Frenchkiss);
- Green Go, Borders (Pheromone);
- João Paulo, White works (Universal);
- Lily Allen, It's not me, it's you (Regal);
- Moritz von Oswald Trio, Vertical ascent (Honest Jon's);
- Norberto Lobo, Pata lenta (Mbari Música);
- Orchestre National de Jazz, Around Robert Wyatt (Bee Jazz);
- The pains of being pure at heart, The pains of being pure at heart (Fortuna Pop!);
- Peter Hammill, Thin air (Fie!);
- Sonic Youth, The eternal (Matador);
- Sunn O))), Monoliths & dimensions (Southern Lord);
- Vieux Farka Touré, Fondo (Six Degrees).
domingo, 20 de setembro de 2009
- Benge, Twenty systems (Expanding);
- Black Mountain, In the future (Jagjaguwar);
- Bonnie ‘Prince’ Billy, Lie down in the light (Domino);
- Brian Eno/David Byrne, Everything that happens will happen today (Todo Mundo);
- Brian Wilson, That lucky old sun (Capitol);
- Buraka Som Sistema, Black diamond (Sony BMG);
- Cat Power, Jukebox (Matador);
- Dodos (The), Visiter (Cooperative);
- Emmylou Harris, All I intended to be (Nonesuch);
- Esperanza Spalding, Esperanza (Heads Up);
- Fleet Foxes, Fleet Foxes (Sub Pop);
- Fotheringay, 2 (Fledg'ling);
- High Places, High Places (Thrill Jockey);
- J.D. Souther, If the world was you (Slow Curve);
- Jackson Browne, Time the conqueror (Inside Recordings);
- James Yorkston, When the haar rolls in (Domino);
- Lampchop, OH (Ohio) (City Slang);
- Nick Cave and the Bad Seeds, Dig!!! Lazarus Dig!!! (Mute);
- Portishead, Third (Island);
- R.E.M., Accelerate (Warner Bros.);
- Santigold, Santogold (Downtown)
- TV on the Radio, Dear Science, (4AD);
- Tahiti 80, Activity center (Barclay);
- Tindersticks, The hungry saw (Beggars Banquet);
- Toumani Diabeté, The Mande variations (Nonesuch);
- Vampire Weekend, Vampire Weekend (XL);
- Van der Graaf Generator, Trisector (Virgin);
- Walkmen (The), You & me (Gigantic);
- Why?, Alopecia (Anticon).
sábado, 19 de setembro de 2009
- Andrew Bird, Armchair apocrypha (Fat Possum);
- Arcade Fire, Neon bible (Merge);
- Astroboy (The), A derrota da engrenagem (Test Tube);
- Bill Callahan, Woke on a whaleheart (Drag City);
- Dengue Fever, Venus on Earth (M80);
- Dinosaur Jr., Beyond (Fat Possum);
- Dirk Darmstaedter, Our favourite city (Tapete);
- Fionn Regan, The end of history (Lost Highway);
- Green Apple Sea, Forever sounds great (Skycap);
- Harley Gaber, The winds rise in the north (Edition RZ);
- Henry Flynt/Nova Billy, Henry Flynt & Nova Billy (Locust);
- James Harries, Days like these (Dekkor);
- James Yorkston, Roaring the gospel (Domino);
- João Paulo, Memórias de quem (Clean Feed/Trem Azul);
- Joni Mitchell, Shine (Hear Music);
- Jonquil, Lions (Try Harder);
- Justice, † (Ed Banger);
- Keith Jarrett/Gary Peacock/Jack DeJohnette, My foolish heart (ECM);
- Kevin Ayers, The unfairground (Tuition);
- LCD Soundsystem, Sound of silver (DFA/EMI);
- Laura Veirs, Saltbreakers (Nonesuch);
- Linda Thompson, Versatile heart (Rounder);
- Lionheart Brothers (The), Dizzy kiss (Racing Junior);
- Lucinda Williams, West (Lost Highway);
- M.I.A., Kala (XL);
- Mário Laginha Trio, Espaço (Clean Feed/Trem Azul);
- Mark Olson, The salvation blues (Hacktone);
- National (The), Boxer (Beggars Banquet);
- Old Jerusalem, The temple bell (Bor land);
- Oren Lavie, The opposite side of the sea (Blue Smile);
- Panda Bear, Person pitch (Paw Tracks);
- Radiohead, In rainbows (Radiohead);
- Richard Thompson, Sweet warrior (Proper);
- Rickie Lee Jones, The sermon on Exposition Boulevard (New West);
- Robert Plant/Alison Krauss, Raising sand (DECCA);
- Robert Wyatt, Comicopera (Domino);
- Sea and cake (The), Everybody (Thrill Jockey);
- Shins (The), Wincing the night away (Sub Pop);
- Stephan Oliva, Ghosts of Bernard Herrmann (Illusions);
- Suzanne Vega, Beauty & crime (Blue Note);
- Terry Riley, Les yeux fermes/Lifespan (Elision Fields);
- Wilco, Sky blue sky (Nonesuch).
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
- Amélia Muge, Não sou daqui (Vachier & Associados);
- Astor Piazzolla, Adios Nonino (Le Chant du Monde);
- Belle & Sebastian, The life pursuit (Matador);
- Black Neon (The), Arts & crafts (Memphis Industries);
- Bob Dylan, Modern times (Columbia);
- Bonnie 'Prince' Billy, The letting go (Drag City);
- Bruce Springsteen, We shall overcome, The Seeger sessions (Columbia);
- Bypass, Mighty sounds pristine (Bor Land);
- Cansei de Ser Sexy, CSS (Sub Pop);
- Carla Bozulich, Evangelista (Constelation);
- Catherine Feeny, Hurricane glass (Tall Grass);
- Cesária Évora, Rogamar (Sony/BMG);
- Chick Corea, The ultimate adventure (Stretch);
- Chico Buarque, Carioca (Biscoito Fino);
- Chris Knight, Enough rope (Drifter’s Church);
- Destroyer, Destroyer's rubies (Merge);
- Elvis Costello/Allen Toussaint, The river in reverse (Verve);
- Final Fantasy, He poos clouds (Tomlab);
- Gaiteiros de Lisboa, Sátiro (Sony/BMG);
- Goldfrapp, Supernature (Mute);
- Golden Smog, Another fine day (Lost Highway);
- Hatfield and the North, Hattitude (Hatfield and the North);
- Isobel Campbell/Mark Lanegan, Ballad of the broken seas (V2);
- Jawbone, Hauling (Loose);
- Johnny Cash, American V, A hundred highways (American Recordins);
- Jon Auer, Songs for the year of our demise (Pattern 25);
- Lila Downs, La cantina, Entre copa y copa… (Narada World/EMI);
- Lily Allen, Alright still (EMI);
- Lúmen, Fogo dançante (Ed. de Autor);
- Lupen Crook, Accidents occur whilst sleeping (Tap’n’Tin);
- Magdalena Kožená/Simon Rattle, Mozart: Arias (Deutsche Grammophon) ;
- Mário Laginha, Canções e fugas (Universal);
- Mark Knopfler/Emmylou Harris, All the roadrunning (Warner Bros.);
- Maurizio Pollini/Wiener Philharmoniker, Mozart (Deutsche Grammophon);
- Mayra Andrade, Navega (Sony/BMG);
- Montserrat Figueras, Lux feminae (Alia Vox);
- Most People Have Been Trained to Be Bored, Sucess in cheap prices (Bor Land);
- Mules (The), Save your face (Organ Grinder);
- Mutts (The), I us we you (Fatcat);
- Ornette Coleman, Sound grammar (Sound Grammar);
- Osvaldo Golijov, Ainadamar (Deutsche Grammophon);
- Peter Hammill, Singularity (Fie!);
- Rabih Abou-Khalil, Journey to the centre of an egg (Enja);
- Ralph Towner, Time line (ECM);
- São Paulo Underground, Sauna, Um, dois, três (Aesthetics);
- Sérgio Godinho, Ligação directa (EMI);
- Scott Walker, The drift (4AD);
- Susheela Raman, Music for crocodiles (Narada World);
- Thea Gilmore, Harpo’s ghost (Santuary);
- Thione Seck, Orientissime (Syllart/PIAS/Megamúsica);
- Thom Yorke, The eraser (XL);
- Toumani Diabaté's Symmetric Orchestra, Boulevard de L'independance (Nonesuch);
- Weatherman (The), Cruisin’ Alaska (Monocromática).
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
- Aimee Mann, The forgotten arm (V2);
- Ali Farka Toure/Toumani Diabaté, In the heart of the moon (Nonesuch);
- Andrew Bird, Andrew Bird & The mysterious production of eggs (Righteous Babe);
- Another Headache, Pushing the envelope (Thisco/FML);
- Anoushka Shankar, Rise (Angel);
- Antony and the Johnsons, I am a bird now (Secretly Canadian);
- Aranis, Aranis (Lowlands);
- Archer Prewitt, Wilderness (Thrill Jockey);
- Bernardo Sassetti, Ascent (Clean Feed);
- Black Rebel Motorcycle Club, Howl (RCA);
- Brian Eno, Another day on Earth (Hannibal);
- Broadcast, Tender buttons (Warp);
- Bruce Springsteen, Devils & dust (Columbia);
- Camarão, The remixes (Loop);
- Coldplay, X & Y (Capitol);
- Cat Power, The greatest (Matador);
- Echolyn, The end is beautiful (Velveteen);
- Electrelane, Axes (Beggars Too Pure);
- Fiona Apple, Extraordinary machine (Epic);
- Go-Betweens (The), Oceans apart (Yep Roc);
- Jaga Jazzist, What we must (Ninja Tune);
- John Scofield, That's what I say (Verve);
- June Tabor, At the wood’s heart (Topic);
- KK Null, Kosmo incognita (Thisco/FML);
- KTU, 8 armed monkey (Thirsty Ear);
- Kate Bush, Aerial (Columbia);
- Keith Jarrett, Radiance (ECM);
- Kills (The), No wow (Rough Trade);
- King's Consort (The), Michael Haydn: Requiem; Missa in Honorem Sanctae Ursulae (Hyperion);
- M.I.A., Arular (XL);
- Micah P. Hinson, Micah P. Hinson and the gospel of progress (Overcoat);
- National (The), Alligator (Beggars Banquet);
- Neil Young, Prairie wind (Reprise);
- Old Jerusalem, Twice the humbling sun (Bor Land);
- Pat Metheny Group, The way up (Nonesuch);
- Rolling Stones (The), A bigger bang (Virgin);
- Salif Keita, M'Bemba (Universal);
- Sambasunda, Rahwana's cry (World Network);
- Sci Fi Industries, The air cutter (Thisco/FML);
- Shelby Lynne, Suit yourself (Capitol);
- Sierra Maestra, Son, Soul of a nation (World Music Network);
- Sleater-Kinney, The woods (Sub Pop);
- Slow Soldier/Flat Opak, Sloppy seconds (Thisco/FML);
- Smog, A river ain't too much to love (Spunk);
- Soopa/Randon Studio, United scum soundclash (Base/FML/Soopa/Randon Studio);
- Souad Massi, Mesk elil (Wrasse/Harmonia Mundi);
- Spoon, Gimme fiction (Merge);
- Steve Hackett, Metamorpheus (Inside Out Music);
- Steve Reich, You are (Variations)/Cello counterpoint (Nonesuch);
- Stevie Wonder, A time to love (Tamla Motown);
- Thelonius Monk Quartet/John Coltrane, At Carnegie Hall (Blue Note);
- Thione Seck, Orientation (Stern's Africa);
- Turtle Island String Quartet/Ying Quartet, Four plus four (Telarc);
- Van der Graaf Generator, Present (EMI);
- Vashti Bunyan, Lookaftering (Fat Cat);
- Vicious Five (The), Up on the walls (Loop).
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
- Arcade Fire, Funeral (Merge);
- Björk, Medúlla (One Little Indian);
- The Blue Nile, High (Sanctuary);
- Brian Wilson, Smile (Nonesuch);
- Christian Wolff, (Re) Making music – Works 1962-1999 (Mode);
- David Byrne, Grown backwards (Nonesuch);
- Destroyer, Your blues (Merge);
- Electrelane, The power out (Too Pure);
- Ganelin Trio, Encores (Leo);
- Holly Golightly, Slowly but surely (Damaged Goods);
- John Adams, Road movies (Nonesuch);
- José Mário Branco, Resistir é vencer (EMI – Valentim de Carvalho);
- Mão Morta, Nús (Cobra);
- PJ Harvey, Uh huh her (Universal);
- Peter Hammill, Incoherence (Fie!);
- Pluto, Bom dia (Universal);
- Rokia Traore, Bowmboï (Nonesuch);
- Rubin Quartet, Bartók: String quartets (Brilliant);
- Savina Yannatou/Primavera en Salonico, Sumiglia (ECM);
- Sonic Youth, Sonic nurse (Geffen);
- Tom Waits, Real gone (Anti);
- Tony Banks, Seven, A suite for orchestra (Naxos);
- Trio Beyond, Saudades (ECM);
- Univers Zero, Implosion (Cuneiform);
- Vinicius Cantuária, Horse and fish (Hannibal);
- Wilco, A ghost is born (Rhino).
Quando
estava em Pencey, morava na ala Ossenburger nos dormitórios novos. Era só para
os do penúltimo ano e para finalistas. Eu era do penúltimo ano. O meu colega de
quarto era finalista. Tinham posto àquilo o nome de Ossenburger, por causa de
um tipo que tinha andado em Pencey. Tinha feito uma data de massa no negócio
das agências funerárias depois de ter saído de Pencey. O que ele fez foi
começar por todo o país com aqueles serviços funerários em que se consegue
enterrar os membros de uma família inteira por cerca de cinco dólares a peça.
Haviam de ver o velho Ossenburger. Às tantas, o que ele fazia era enfiá-los a
todos num saco e depois atirá-los ao rio. Seja como for, doou a Pencey um monte
de massa e então eles deram o nome dele àquela ala. No primeiro jogo de futebol
do ano, apareceu no colégio na merda daquele Cadillac enorme, e nós tivemos
todos de nos levantar na bancada e dar-lhe uma «locomotiva», que é uma
aclamação. Depois, na manhã seguinte, na capela, fez um discurso que durou umas
dez horas. Arrancou com umas cinquenta piadas foleiras, só para nos mostrar o
tipo porreiro que ele era. Uma coisa que só visto. Depois desatou a contar-nos
porque é que nunca se envergonhava, quando se via metido em qualquer problema
ou assim, de ajoelhar e de rezar a Deus. Dizia que devíamos rezar sempre a Deus
– falar com Ele e tudo – onde quer que estivéssemos. Dizia que devíamos pensar
em Jesus como um compincha e tudo. E disse que ele estava sempre a falar com
Jesus. Mesmo quando ia a guiar. Aquela deu cabo de mim. Estou mesmo a ver o
armante daquele cabrão a meter a primeira e a pedir que arranjasse maneira de
mais uns quantos esticarem o pernil.
J.
D. Salinger, À espera no centeio (Difel,
2005)
terça-feira, 15 de setembro de 2009
- Akinetón Retard, 21 canapés (Mylodon/Lizard);
- Alexandra Hawley/Jeffrey McFadden, Terry Riley: Cantos desiertos (Naxos);
- Ben Allison & Medicine Wheel, Buzz (Palmetto);
- Bonnie 'Prince' Billy, Master and everyone (Drag City);
- Broadcast, Haha sound (Warp);
- Cristina Branco, Sensus (Universal);
- Emmylou Harris, Stumble into grace (Nonesuch);
- Erykah Badu, Worldwide underground (Motown);
- Fausto Bordalo Dias, A ópera mágica do cantor maldito (Columbia);
- Frederic Rzewski, Which side are you on? (Cantaloupe);
- Ghoak, Some are weird (Thisco/F. M. Lisboa);
- Goldfrapp, Black cherry (Mute);
- Holly Golightly, Truly she is none other (Damaged Goods);
- Ibrahim Ferrer, Buenos hermanos (Nonesuch);
- Idil Biret, Ligeti: Etudes, Books I and II (Naxos);
- Jaga Jazzist, The stix (Ninja Tune);
- Joe Strummer & The Mescaleros, Streetcore (Epitaph);
- John Cale, HoboSapiens (EMI);
- Josh Rouse, 1972 (Ryko);
- Keziah Jones, Black orpheus (Delabel);
- King Crimson, The power to believe (Sanctuary);
- Lou Reed, The raven (Sire);
- Lucinda Williams, World without tears (Lost Highway);
- Massive Attack, 100th window (Astralwerks);
- Mike Oldfield, Tubular bells 2003 (WEA);
- National (The), Sad songs for dirty lovers (Brassland);
- Radiohead, Hail to the thief (EMI);
- Robert Wyatt, Cuckooland (Ryko);
- Ryan Adams, Rock n roll (Lost Highway);
- Souad Massi, Deb (Wrasse);
- Stefano Battaglia, Raccolto (ECM);
- Steve Reich, Eight lines/City life (BMG);
- Strokes (The), Room on fire (RCA);
- Susheela Raman, Love trap (Narada World);
- Old Jerusalem, April (Bor Land);
- Yellowjackets, Time squared (Heads Up).
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
- Aimee Mann, Lost in space (V2/Super Ego);
- Arto Lindsay, Invoke (Righteous Babe);
- Beck, Sea change (Geffen);
- Bernardo Sassetti, Nocturno (Clean Feed);
- Bruce Springsteen, The rising (Columbia);
- Cinematic Orchestra (The), Every day (Ninja Tune);
- DJ Shadow, The private press (MCA);
- Djavan, Milagreiro (Sony);
- Gaiteiros de Lisboa, Macaréu (Aduf Edições);
- George Harrison, Brainwashed (Capitol);
- Godspeed You Black Emperor!, Yanqui U.X.O. (Constellation);
- Ictus Ensemble/Synergy Vocals, Steve Reich: Drumming (Cypres);
- Jason Moran, Modernistic (Blue Note);
- Johnny Cash, American IV, The man comes around (American);
- Josh Rouse, Under cold blue stars (Rykodisc);
- Orchestra Baobab, Specialist in all styles (Nonesuch);
- Pat Metheny Group, Speaking of now (Warner Bros.);
- Rasal A'Sad, Space scape (Thisco);
- Salif Keita, Moffou (Mango);
- Sonic Youth, Murray Street (Geffen);
- Spoon, Kill the moonlight (Merge);
- Steve Reich, The desert music (Cantaloupe);
- Tahiti 80, Wallpaper for the soul (Minty Fresh);
- Trape-Zape, Trape-Zape (TZ/JIDac);
- Univers Zero, Rhythmix (Cuneiform);
- Wilco, Yankee Hotel Foxtrot (Nonesuch);
- William Parker Quartet, Raining on the moon (Thirsty Ear).
domingo, 13 de setembro de 2009
- Aimee Mann, Bachelor No. 2 (V2/Ego);
- Anywhen, The opiates (Clearspot);
- Art Konik, Vendetta society (Comet);
- Black Rebel Motorcycle Club, Black Rebel Motorcycle Club (Virgin);
- Bob Dylan, Love and theft (Columbia);
- Brad Mehldau Trio (The), Progression, Art of the trio, Volume 5 (Warner Bros.);
- Dave Douglas, Witness (RCA);
- Dave Holland Quintet, Not for nothin' (ECM);
- Joe Strummer & The Mescaleros, Global a Go-Go (Epitaph);
- Julian Bream, Spanish guitar music (Universal);
- Lucinda Williams, Essence (Lost Highway);
- Madredeus, Movimento (EMI);
- Matching Mole, Smoke signals (Cuneiform);
- Maurizio Pollini, Edition (Deutsche Grammophon);
- National (The), The National (Brassland);
- Picchio dal Pozzo, Camere Zimmer Rooms (Cuneiform);
- Radiohead, Amnesiac (EMI);
- Ralph Towner, Anthem (ECM);
- Ryan Adams, Gold (Lost Highway);
- Savina Yannatou/Primavera en Salonico, Terra nostra (ECM);
- Shins (The), Oh, inverted world (Pony Canyon);
- Sierra Maestra, Viaje a la Semilla (Egrem);
- Steve Tibbetts, A man about a horse (ECM);
- Strokes (The), Is this it? (BMG);
- Susheela Raman, Salt rain (Narada World);
- Taraf de Haïdouks, Band of gypsies (Crammed);
- Transatlantic, Bridge across forever (Inside Out);
- Whiskeytown, Pneumonia (Lost Highway).
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
- Anoushka Shankar, Anourag (Angel);
- At the Drive-In, Relationship of command (Virgin);
- Belle & Sebastian, Fold your hands child, you walk like a peasant (Jeepster);
- Belle & Sebastian, Legal man (Matador);
- Biosphere, Cirque (Touch);
- Bjork, Selmasongs (Elektra);
- Brad Shepik, The well (Songlines);
- Cheikha Rimitti, Nouar (Sonodisc);
- Christian McBride, Sci-Fi (Verve);
- Dat Politics, Villiger (A-Musik);
- Dave Douglas, Leap of faith (Arabesque);
- David Thomas, Bay city (Hearpen);
- Dietrich Fischer-Dieskau, Schoeck: Lieder (Deutsche Grammophon);
- Emmylou Harris, Red dirt girl (Grapevine/Nonesuch);
- Erykah Badu, Mama’s gun (Motown);
- Gilgamesh, Arriving twice (Cuneiform);
- Godspeed You Black Emperor!, Lift your skinny fists like antennas to heaven (Kranky)
- Goldfrapp, Felt mountain (Mute);
- Heinner Goebbels, Surrogate cities (ECM);
- Hilliard Ensemble (The), Perotin (Harmonia Mundi);
- John Fahey, Hitomi (LivHouse Records);
- Johnny Cash, American III: Solitary man (American);
- Joni Mitchell, Both sides now (Reprise);
- Keith Jarrett/Gary Peacock/Jack DeJohnette, Whisper not: Live in Paris 1999 (ECM);
- King Crimson, The construKction of light (Discipline Global Mobile);
- Kronos Quartet, Kronos caravan (Nonesuch);
- Lambchop, Nixon (City Slang);
- Lou Reed, Ecstasy (Warner Bros.);
- Morphine, The night (Rykodisc);
- PJ Harvey, Stories from the city, stories from the sea (Island);
- Pat Metheny, Trio 99»00 (Warner Bros.);
- Radiohead, Kid A (EMI);
- Rokia Traore, Wanita (Indigo);
- Rubén González, Chanchullo (World Circuit);
- Ryan Adams, Heartbreaker (Bloodshot);
- Sonic Youth, NYC ghosts & flowers (Geffen);
- Steve Reich, New York counterpoint/Eight lines/Four organs (Nonesuch);
- Susana Baca, Eco de sombras (Luaka Bop);
- Trans Am, Red line (Thrill Jockey);
- V/A, OHM - The early gurus of electronic music (Ellipsis Arts);
- XTC, Wasp star (Apple venus, Pt. 2) (Cooking Vinyl);
- Yo La Tengo, And then nothing turned itself inside-out (Matador).
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
- A Düsseldorf, Fettleber (Captain Trip);
- Allison Powell/David Bedford, My mother, my sister and I (Blueprint);
- Amélia Muge, Taco a taco (IMS);
- Ani DiFranco, Up up up up up up (Righteous Babe);
- Band of Five Names, Band of Five Names (5Names);
- Blutsiphon, Tammus (Gefriem);
- Bob Drake, Medallion animal carpet (Recommended);
- Bonnie 'Prince' Billy, I see a darkness (Domino);
- Chemical Brothers (The), Surrender (Astralwerks);
- Cinematic Orchestra (The), Motion (Ninja Tune);
- Dave Douglas, Leap of faith (Arabesque);
- David Sylvian, Dead bees on a cake (Virgin);
- Dream Theater, Metropolis Pt. 2, Scenes from a memory (WEA);
- Faust, Ravvivando (Klangbad);
- Eardrum, Last light (The Leaf);
- Fausto, Grande grande é a viagem (Columbia);
- Fiona Apple, When the pawn hits the conflicts he thinks like a king... (Epic);
- Flaming Lips (The), The soft bulletin (Warner);
- Fridge, Eph (Go!Beat);
- Innerzone Orchestra, Programmed (Astralwerks);
- Jim O’Rourke, Eureka (Drag City);
- Joe Strummer & The Mescaleros, Rock art and the X-ray style (Hellcat);
- Julian Bream, Woods so wild (RCA);
- Keziah Jones, Liquid sunshine (Delabel);
- Matilde Santing, To others to one (Epic);
- Meira Asher, Spears into hooks (Crammed);
- Mouse on Mars, Niun niggung (Thrill Jockey);
- Pan Sonic, A (Blast First);
- Peace Orchestra, Peace Orchestra (G Stone);
- Pucho and the Latin Soul Brothers, Caliente con soul! (Cubop);
- Red Krayola (The), Fingerpainting (Drag City);
- Sigur Rós, Ágaetis byrjum (Fat Cat);
- Sonic Youth, SYR 4, Goodbye 20th century (Sonic Youth Records);
- Taj Mahal/Toumani Diabaté, Kulanjan (Hannibal);
- To Rococo Rot, The amateur view (City Slang);
- Tom Waits, Mule variations (Epitaph);
- Toumani Diabaté/Ballake Sissoko, New ancient strings (Hannibal);
- Trans Am, Futureworld (Thrill Jockey);
- Univers Zero, The hard quest (Cuneiform);
- Vinicius Cantuária, Tucumã (Verve);
- Yes, The ladder (Beyond).
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
- Air, Moon safari (Astralwerks);
- Ani di Franco, Little plastic castle (Cooking Vinyl);
- Anoushka Shankar, Anoushka (Angel);
- Belle & Sebastian, The boy with the arab strap (Jeepster);
- Bob Dylan, The bootleg series, Vol. 4, The Royal Albert Hall concert (Columbia);
- Dave Matthews Band, Before these crowded streets (RCA);
- Death, The sound of perseverance (Nuclear Blast);
- Exploding Thumbs, Flying without wings (Holistic);
- Gaiteiros de Lisboa, Novas vos trago (Comissão Nacional para os Descobrimentos Portugueses);
- Holosud, Fijnewas afpompen (A-MUSIK);
- Jarboe, Anhedoniac (ATAVISTIC);
- Lisa Germano, Slide (4AD);
- Maddy Prior, Flesh & blood (Park);
- Maria João/Mário Laginha, Cor (Polygram);
- Massive Attack, Mezzanine (Virgin);
- PJ Harvey, Is this desire (Island);
- Peter Hammill, This (Fie!);
- Phil Woods, The rev & I (Blue Note);
- Ramuntcho Matta/Simon Takahashi, Soundcards from Chile (AnAnAnA);
- Thinking Plague, In extremis (Cuneiform);
- Tom Zé, Com defeito de fabricação, Fabrication defect (Luaka Bop);
- Yellowjackets, Club nocturne (Warner Bros.).
terça-feira, 8 de setembro de 2009
- Andrei Samsonov, Void in (Mute);
- Aniel Teruggi, Variations morphologiques (Agon);
- Bill Bruford/Ralph Towner/Eddie Gomez, If summer had its ghosts (Discipline Global Mobile);
- Bjork, Homogenic (Elektra);
- Brian Eno, The drop (Thirsty Ear);
- Catholics (The), Life on Earth (Rufus);
- Chemical Brothers (The), Dig your own hole (Astralwerks);
- Cro Magnon, Bull? (Lowlands);
- David Bedford, Recorder concerto (NMC);
- Gaiteiros de Lisboa, Bocas do inferno (Farol Música);
- Gorky's Zygotic Mynci, Barafundle (Fontana);
- Hungarian State Orchestra/Tamás Benedek, Arvo Pärt: Fratres; Festina lente; Summa; Cantus in memory of Benjamin Britten (Naxos);
- Jah Wobble, Requiem (30 Hertz);
- Jim O'Rourke, Happy days (Revenant Records);
- John Scofield, A Go Go (Verve);
- Legendary Pink Dots (The), Hallway of the gods (Soleilmoon);
- Meira Asher, Dissected (Crammed);
- Meredith Monk, Volcano songs (ECM);
- Morphine, Like swimming (Rykodisc);
- Nick Cave & The Bad Seeds, The boatman's call (Mute);
- Pat Metheny Group, Imaginary day (Geffen);
- Prefab Sprout, Andromeda heights (Columbia);
- Radiohead, Ok computer (EMI);
- Rickie Lee Jones, Ghostyhead (Reprise);
- Robert Wyatt, Shleep (Hannibal);
- Spiritualized, Ladies and gentlemen we are floating in space (Dedicated);
- Steve Hackett, A midsummer night's dream (EMI);
- Steve Reich, Works 1965-95 (Nonesuch);
- Tindersticks, Curtains (This Way Up);
- To Rococo Rot, Veiculo (City Slang);
- Trans Am, Surrender to the night (City Slang);
- Waterson/Carthy, Common tongue (Topic);
- Yellowjackets, Blue hats (Warner Bros.).
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
- Beck, Odelay (Geffen);
- Belle & Sebastian, Tigermilk (Matador);
- Belle & Sebastian, If you're feeling sinister (Matador);
- Bernd Friedmann, Leisure zones (Ash);
- Charlie Haden/Pat Metheny, Beyond the Missouri sky (Short stories) (Verve);
- DJ Shadow, Endtroducing... (Mo' Wax);
- Danças Ocultas, Danças Ocultas (EMI);
- David Thomas, Erewhon (Cooking Vinyl);
- Deranged, Rated-X (Ag);
- Faust, You know Faust (Recommended);
- Fiona Apple, Tidal (Epic);
- Future Sound of London (The), Dead cities (Astralwerks);
- Johnny Cash, American II: Unchained (American);
- Kruder & Dorfmeister, Conversions, A K&D selection (Spray);
- National Health, Missing pieces (Voiceprint);
- Nick Cave and the Bad Seeds, Murder ballads (Mute);
- Noriko Ogawa, Tōru Takemitsu: The complete solo piano music (Bis);
- Nuno Rebelo, M2 (Ananana);
- Peter Hammill, X my heart (Fie!);
- R.E.M., New adventures in hi-fi (Warner Bros.);
- Stereolab, Emperor Tomato Ketchup (Elektra);
- Steve Reich, Proverb/Nagoya marimbas/City life (Nonesuch);
- Suzanne Vega, Nine objects of desire (A&M);
- Tipographica, God says I can't dance (Mellow Records);
- Tortoise, Millions now living will never die (Thrill Jockey).
- Vinicius Cantuária, Sol na cara (Gramavision).
domingo, 6 de setembro de 2009
- Anthony Manning, Chromium nebulae (Irdial);
- Arnold Dreyblatt, Animal magnetism (Tzadik);
- Australian Art Orchestra, Ringing the bell backwards (ORiGiN);
- Biota, Object holder (Recommended);
- Brian Eno, Spinner (Gyroscope);
- Bruce Springsteen, The ghost of Tom Joad (Columbia);
- CAN, The Peel sessions (Strange Fruit);
- Cassandra Wilson, New moon daughter (Blue Note);
- Chick Corea Quartet, Time warp (GRP);
- Christian Wolff, Exercises (Hat Hut);
- Doctor Nerve, Skin (Cuneiform);
- Elliott Sharp, Tectonics (Atonal);
- Emmylou Harris, Wrecking ball (Grapevine/Asylum);
- Faust, Rien (Table of Elements);
- Gaiteiros de Lisboa, Invasões bárbaras (Farol);
- Idil Biret, Pierre Boulez: Piano sonatas Nos. 1-3 (Naxos);
- John Zorn Masada, Hei (DIW);
- Lightwave, Mundus subterraneus (Fathom);
- Katia Labeque, Little girl blue (Disques Dreyfus);
- King Crimson, THRAK (Virgin);
- Madredeus, O espirito da paz (EMI)
- Michel Donato, Marée Bass (Label Bleau);
- Morphine, Yes (Rykodisc);
- Mr. Bungle, Disco volante (Classic);
- Neil Young, Mirror ball (Reprise);
- Pulp, Different class (Island);
- Salif Keita, Folon (Mango);
- Scott Walker, Tilt (Fontana);
- Sierra Maestra, Dundunbanza! (World Circuit);
- Spain, The blue moods of Spain (Restless);
- Swans, The great annihilator (Young God Records);
- Tindersticks, Tindersticks [II] (This Way Up);
- Yellowjackets, Dreamland (Warner Bros.).
sábado, 5 de setembro de 2009
- Al di Meola, Orange and blue (Bluemoon);
- Albert Marcoeur, Sports & percussions (Concord);
- Ali Farka Touré/Ry Cooder, Talking Timbuktu (World Circuit);
- Alice in Chains, Jar of flies (Columbia);
- Arthur Russell, Another thought (Orange Mountain);
- Banda do Casaco/Ti Chitas, Há um tempo para tudo (Companhia Nacional da Música);
- Brecker Brothers (The), Out of the loop (GRP);
- Brutal Truth, Need to control (Earache);
- Carcass, Heartwork (Earache);
- Cyrus Chestnut, Revelation (Atlantic);
- David Byrne, David Byrne (Luaka Bop);
- Dream Theater, Awake (WEA);
- Everything But The Girl, Amplified heart (WEA);
- Exit 13, Ethos musick (Relapse);
- Fátima Miranda, Concierto en canto (Hyades Arts);
- Jean Derome, Carnets de voyage (Ambiances Magnétiques);
- Jeff Buckley, Grace (Columbia);
- Jimmy Page/Robert Plant, No quarter (Fontana);
- John Williams, From Australia (Sony);
- Johnny Cash, American recordings (American);
- Joni Mitchell, Turbulent indigo (Reprise);
- Júlio Pereira, Acústico (Columbia);
- Emmylou Harris, Cowgirl's prayer (Grapevine);
- Fausto, Crónicas da terra ardente (Columbia);
- Future Sound of London (The), ISDN (Astralwerks);
- Lars Hollmer, Vandelmassa (Ayaa);
- Laurie Anderson, Bright red (Warner Bros.);
- Legendary Pink Dots (The), 9 lives to wonder (Play it again Sam);
- Lightwave, Tycho brahe (Hearts of Space);
- Lisa Germano, Happiness (4AD);
- Lisa Germano, Geek the girl (4AD);
- Massive Attack, Protection (Virgin);
- Pat Metheny Group, We live here (Geffen);
- R.E.M., Monster (Warner Bros.);
- Rabih Abou-Khalil, Sultan's picnic (Enja);
- Richard Sinclair, RSVP (Alex);
- Rolling Stones (The), Voodoo lounge (Rolling Stones);
- Slayer, Divine intervention (American);
- Social Interiors, The world behind you (Extreme);
- Sonic Youth, Experimental jet set, trash & no star (Geffen);
- Soundgarden, Superunknown (A&M);
- Suspended Memories, Forgotten gods (Hearts of Space);
- Suspended Memories, Earth island (Hearts of Space);
- U Totem, Strange attractors (Cuneiform);
- Yellowjackets, Run for your life (GRP);
- Yothu Yindi, Freedom (Hollywood).
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
- Artisans Workshop, Artisans Workshop (Tall Poppies);
- Bruno Maderna, Chamber music (Stradivarius);
- Cassandra Wilson, Blue light ´til dawn (Blue Note);
- Chick Corea, Expressions (GRP);
- Dead Can Dance, Into the labyrinth (4AD);
- Einstürzende Neubaten, Tabula rasa (Elektra);
- Brian Eno, Neroli (Gyroscope);
- Dietrich Fischer-Dieskau, Mahler, Schumann and Martin (Orfeo);
- Maddy Prior, Year (Park);
- Meredith Monk, Atlas (ECM);
- Morphine, Cure for pain (Rykodisc);
- Pearl Jam, Vs (Epic);
- Rapoon, Raising earthly spirits (Staalplaat);
- Red House Painters, Red House Painters II (4AD);
- Royal Cocertgebow Orchestra/Riccardo Chailly, Olivier Messiaen: Turangalîla symphonie (DECCA);
- Sepultura, Chaos A.D. (Roadrunner);
- Tindersticks, Tindersticks (Quicksilver/This Way Up);
- Tom Waits, The black rider (Island);
- Ursula Oppens/Frederic Rzewski, The people united will never be defeated! (Vanguard);
- Wanderlust, Wanderlust (Rufus);
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
- Airto Moreira, The other side of this (Rykodisc);
- Alice in Chains, Dirt (Columbia);
- Alvin Lucier, Music on a long thin wire (Lovely Music);
- Amélia Muge, Múgica (UPAV);
- Ars Nova, Portuguese Polyphony (Naxos);
- B52’s, Good stuff (Reprise);
- Berlione (Il), Il Berlione (Belle Antique);
- Bruce Springsteen, Human touch (Columbia);
- Bruce Springsteen, Lucky town (Columbia);
- Brutal Truth, Extreme conditions demand extreme responses (Earache);
- Cannibal Corpse, Tomb of the mutilated (Metal Blade);
- Carcass, Necroticism, Descanting the insalubrious (Earache);
- David Byrne, Uh-oh (Luaka Bop);
- Dream Theater, Images and words (WEA);
- Eliane Radigue, Kyema, Intermediate states (XI);
- Ensemble Musique Oblique/Marianne Pousseur/Philippe Herreweghe, Schönberg : Pierrot Lunaire, Op.21 (Harmonia Mundi);
- Glenn Spearman Double Trio, Mystery project (Black Saint);
- Isildurs Bane, The Voyage: A trip to elsewhere (Svenska Unikum);
- James Morrison/Ray Brown, Two the max! (East-West);
- Jean-Marc Luisada, Chopin: Mazurkas (Deutsche Grammophon);
- John Williams, Llobet, Albeniz, Rodrigo and others (Sony)
- Leonard Cohen, The future (Columbia);
- Lou Reed, Magic and loss (Sire);
- McCoy Tyner, Soliloquy (Blue Note);
- Mão Morta, Mutantes S.21 (Universal);
- Megadeth, Countdown to extinction (Capitol)
- Meredith Monk, Facing North (ECM);
- Morphine, Good (Rykodisc);
- P.J. Harvey, Dry (Too Pure);
- Pat Metheny, Secret story (Geffen);
- Peter Gabriel, Us (Virgin);
- R.E.M., Automatic for the people (Warner Bros.);
- Sonny Sharrock, Ask the Ages (Axiom);
- Suzanne Vega, 99,9ºf (A&M);
- Telectu, Evil metal (Área total);
- Tuu, One thousand years (SDV);
- Uakti, Mapa (Point Music);
- Vaya Con Dios, Time flies (BMG);
- XTC, Nonsuch (Virgin);
- Yellowjackets, Live wires (GRP).
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
- Balanescu Quartet, Michael Nyman: String quartets 1-3 (Argo);
- Bruno Maderna, Satyricon (Montaigne);
- Carcass, Necroticism: Descanting the insalubrious (Earache);
- Chick Corea's Elektric Band, Beneath the mask (GRP);
- Cluster, Apropos Cluster (Curious Music);
- Conrad Schnitzler/Jörg Thomasius, Tolling toggle (Fünf und Vierzig);
- Daniel Denis, Sirius and the ghosts (Musea);
- David Behrman, Leapday night (Lovely Music);
- Diamanda Galas, Plague mass (1984 End of the epidemic) (Mute);
- Dire Straits, On every street (Warner Bros.);
- Guns n'Roses, Use your illusion I (Geffen);
- Guns n'Roses, Use your illusion II (Geffen);
- Joni Mitchell, Night ride home (Geffen);
- Jorge Palma, Só (Philips);
- Julian Cope, Peggy suicide (Island);
- Lindsay Cooper, Music for other occasions (No Man’s Land);
- Maddy Prior, Happy families (Progressive);
- Massive Attack, Blue lines (Virgin);
- Meredith Monk, Book of days (ECM);
- Metallica, Metallica (Vertigo);
- Moondog, Elpmas (Kopf);
- Nirvana, Nevermind (Geffen);
- Pearl Jam, Ten (Epic);
- Penguin Cafe Orchestra, Signs of life (EG);
- Pixies, Trompe le monde (4AD);
- Prince, Diamonds and pearls (Paisley Park);
- Red Hot Chili Peppers, Blood sugar sex magik (Warner Bros.);
- Richard Thompson, Rumour & sigh (Capitol);
- Rickie Lee Jones, Pop pop (Geffen);
- Robert Wyatt, Dondestan (Rough Trade);
- Salif Keita, Amen (Mango);
- Sepultura, Arise (Roadrunner);
- Swans, White light from the mouth of infinity (Young God);
- Talk Talk, Laughing stock (Polydor);
- This Mortal Coil, Blood (4AD);
- Tuxedomoon, The ghost sonata (Crammed);
- U2, Achtung baby (Island);
- Yellowjackets, Greenhouse (GRP);
- Young Gods (The), Play Kurt Weill (PIAS).
terça-feira, 1 de setembro de 2009
- Boulevard of Broken Dreams, It's the talk of the town and other sad stories (Hannibal);
- Cannibal Corpse, Eaten back to life (Metal Blade);
- Chick Corea's Elektric Band, Inside out (GRP);
- Clarion Fracture Zone, Blue shift (Rufus);
- Deee-Lite, World clique (Elektra);
- Dietrich Fischer-Dieskau, Schubert: Lieder (EMI);
- Dietrich Fischer-Dieskau, Schönberg & Berg: Lieder (EMI);
- George Michael, Listen without prejudice vol. I (Columbia);
- Jane's Addiction, Ritual de lo habitual (Warner);
- Jeff Greinke, Changing skies (Multimood);
- Katia Labeque/Marielle Labeque, Love of colours (Columbia);
- Kronos Quartet; Pat Metheny, Steve Reich: Different trains; Electric counterpoint (Nonesuch);
- Megadeth, Rust in peace (Capitol);
- Michael Brecker, Now you see it... (Now you don't) (GRP);
- Mike Oldfield, Amarok (Virgin);
- Nusrat Fateh Ali Khan, Mustt mustt (Real Word);
- Paul Simon, The rhythm of the saints (WEA);
- Penguin Cafe Orchestra, When in Rome (EG);
- Pierre Henry, Le livre des morts egyptien (Mantra);
- Pixies, Bossanova (4AD);
- Pogues (The), Hell's ditch (Warner Bros.);
- R.E.M., Out of time (Warner Bros.);
- Richard Youngs, Advent (No Fans);
- Sérgio Godinho, Escritor de canções (EMI);
- Slayer, Seasons in the abyss (American);
- Sonic Youth, Goo (Geffen);
- Steve Shehan, Arrows (Made to Measure);
- Suzanne Vega, Days of open hand (A&M);
- They Might Be Giants, Flood (Elektra);
- Thomas Köner, Nunatak gongamur (Barooni).
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