segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Pois é, estás a ver como sou bonzinho, mamã. Não consigo fumar, quase não bebo, nada de drogas, não peço dinheiro emprestado nem jogo às cartas, não sou capaz de dizer uma mentira sem começar a suar como se estivesse a passar o equador. É verdade que digo muitas vezes foda-se, mas garanto-te que os meus êxitos no domínio da transgressão se resumem mais ou menos a isso.

Philip Roth, O complexo de Portnoy (Dom Quixote, 2010)