Há
vinte anos o Fantasma lutava contra as injustiças do mundo por apenas cem
escudos. De SOC! em RIISCH!, de FUUUSCHH!!! em BUMP!, o Fantasma perseguia os
bandidos noite parda adentro («Agora… Ele não está a olhar.»), sempre de
mascarilha e fato de licra, a ocasional gabardina, os óculos de sol que lhe
ocultavam a identidade heróica. Se por acaso alguém lhe perguntasse o que fazia
ali àquela hora, respondia: «Gosto de passear à chuva.» Se nessa mesma noite
chuvosa não conseguisse recuperar o dinheiro que os bandidos haviam roubado,
desejava: «Espero que a tempestade leve o dinheiro para alguém que seja pobre e
faça bom uso dele.»